Porto Alegre, 30 de julho de 2015 Ano 9 - N° 2.095
Inovação e sustentabilidade foram alguns dos temas em debate no Congresso Internacional do Leite, que terminou nesta quinta-feira, no Centro de Convenções da Fiergs. O painel mediado pelo presidente do Sindilat/RS, Alexandre Guerra, trouxe a preocupação sobre a necessidade de o setor estar sempre em busca de novos produtos para conquistar um consumidor cada vez mais exigente.
Neila Richards, docente do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos da Universidade Federal de Santa Maria, lembrou que o consumidor está sedento por produtos novos e diferenciados. "Ele quer um alimento saudável, bom para o organismo, mas ao mesmo tempo, saboroso. Além disso, está preocupado com a forma como o produto foi feito, se é seguro", destacou. E complementou: "O consumidor quer um alimento nutritivo como uma maçã, mas gostoso como um brigadeiro." A docente destacou que o momento é de oportunidade para as indústrias desenvolverem novos produtos e buscarem novos nichos. "CRIEM. Temos mercado e um consumidor ávido", finalizou.
O painel contou ainda com a participação do coordenador do Programa Mais Leite=Mais Saúde, o uruguaio Rafael Cornes Lucas, que falou sobre os benefícios do consumo de lácteos para a saúde humana; além do argentino Celso Gabriel Vinderola, da Universidade Nacional Del Litoral, abordando probióticos para a indústria de laticínios. O presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Vergilio Frederico Perius, conduziu o debate.
Para Alexandre Guerra, os temas discutidos no painel são importantes para o desenvolvimento do setor lácteo e estão na linha dos projetos do Sindilat/RS. "É importante desenvolver novos produtos e criar novos hábitos, inovando assim o setor", destacou o dirigente, lembrando que hoje o Brasil consome 176 litros leite/habitante por ano.(.DOC Assessoria de Comunicação - Assessoria de Imprensa do SINDILAT/RS)
Visão geral sobre o Mercado de Lácteos - Oceania
Altas temperaturas e falta de chuvas no Sul da Austrália está reduzindo o crescimento de pastagens. O alto custo do frete e volumosos, faz com que os produtores de leite procurem alternativas mais baratas de alimentação.
O fenômeno não está isolado ao Japão. De acordo com as projeções das Nações Unidas, o número de pessoas com mais de 65 anos no mundo todo triplicará, de 530 milhões em 2010 para mais de 1,5 bilhão em 2050. Atualmente, o número de chineses com 65 anos de idade e mais velhos equivalem ao total da população do Japão. Até 2050, a China terá 330 milhões de pessoas com 65 anos ou mais (mais do que a população total dos Estados Unidos); os Estados Unidos terão mais de 85 milhões.
Tantas pessoas buscando formas de otimizar a saúde e a vitalidade para esses anos de vida representa uma enorme oportunidade para os fornecedores de lácteos dos Estados Unidos em várias frentes: ingredientes para nutrição médica, mensagem para osteoporose e, potencialmente o maior do grupo, a proteína do soro do leite para mitigar os riscos de sarcopenia.
A sarcopenia é a perda de massa e força muscular relacionada à idade. Perdemos 0,5-1% dos músculos anualmente, começando no início dos 40 anos de idade. A sarcopenia aumenta os riscos de quedas e fraturas, reduz a independência, interfere em tarefas simples do dia a dia e aumenta as taxas de mortalidade.
Pesquisa publicada revelou informações críticas sobre os efeitos da proteína do soro do leite na saúde dos músculos, mas essas informações não são amplamente conhecidas pela maioria dos consumidores ou profissionais de saúde estrangeiros. O Conselho de Exportações de Lácteos dos Estados Unidos (USDEC) está trabalhando para aumentar essa conscientização.
O Conselho ainda se aprofunda em outras questões entre o consumo de lácteos e a sarcopenia. Há a qualidade da proteína - proteína do soro do leite versus proteínas concorrentes para seu perfil de aminoácido. A proteína do soro do leite é uma fonte rica em leucina, por exemplo, que é única em sua capacidade de iniciar a síntese de proteínas musculares. E também o consumo durante o dia - há um limite de quanto de proteína o corpo pode usar de uma vez. O consumo ideal é de cerca de 30 gramas de proteína por refeição: café da manhã, almoço e jantar. Isso é sugerido para adultos jovens, mas vários estudos de pesquisa mostram que adultos mais velhos podem requerer mais proteína para ter o mesmo impacto na síntese muscular.
O 12º Congresso Asiático de Nutrição, realizado em Yokohama, Japão, em maio, destacou a proteína como principal assunto. Na conferência, designada a encorajar a troca científica entre profissionais de alimentos e de nutrição na Ásia, o USDEC organizou um simpósio chamado, "Envelhecimento e Perda Muscular: Abordagens Dietéticas para Reduzir os Riscos de Sarcopenia", onde os palestrantes reforçaram as mensagens sobre a importância das proteínas e as nuances conhecer a qualidade das proteínas e o momento de ingestão da mesma.
Se os profissionais de saúde estiverem totalmente informados sobre as últimas pesquisas, aumenta as chances de poderem liderar esforços para revisar as diretrizes dietéticas locais em favor da proteína. Isso já está acontecendo no Japão, onde o governo propôs aumentar a ingestão recomendada diária de proteína para idosos. (Milkpoint)
A Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SDA/Mapa) publicou o programa de monitoramento anual do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes da área animal (PNCRC/Animal), por meio da Instrução Normativa nº 13 (IN n° 13). Neste ano, o plano amplia o monitoramento de substâncias em ovos e lácteos, o que vai garantir maior qualidade a esses produtos para o consumidor e também permitir a exportação para determinados mercados. (Boletim Faesc)