Porto Alegre, 14 de julho de 2015 Ano 9 - N° 2.081
Uma onda de otimismo em meio à crise
Mesmo com a retração da atividade econômica no país, empresas do agronegócio mantêm investimentos
O cenário recessivo da economia brasileira, com inflação alta, juro pesado e câmbio em disparada, nem sempre é sinônimo de pé no freio. De olho no futuro, empresários do agronegócio identificam, em plena crise, brechas para crescer e se fortalecer no mercado. Nesta reportagem especial, sob o selo RS que dá Certo, Zero Hora retrata histórias de quatro empreendimentos que se destacam por avançar na contramão do pessimismo. Sem melindres, projetam a conclusão de obras importantes para 2015 e 2016 e têm pelo menos uma característica em comum: investir agora para colher os frutos mais adiante, quando a tempestade passar. A crise, na avaliação do economista da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Antônio da Luz, deve ser encarada como um momento de rever estratégias: ¬ O empresário tem de ir para as planilhas e refazer os cálculos. Se aquele projeto que estava no horizonte se mantiver viável, é hora de aproveitar e seguir em frente. É aí que surgem as melhores oportunidades. Entre crescer e reduzir a participação no Estado, a Nidera Sementes ¬ um dos casos retratados por ZH (leia na página 6) ¬ integra o grupo que apostou na primeira opção. A multinacional holandesa mantém projeto de construção de um terminal hidroviário em Canoas e de duas unidades de armazenamento de grãos no Interior. Ao todo, investirá R$ 110 milhões, levando uma lufada de otimismo aos municípios beneficiados.
MELHORIA CONSTANTE DO PRODUTO
O investimento, segundo o consultor em agronegócio Carlos Cogo, é reflexo do déficit em infraestrutura para estocagem e escoamento da produção. ¬ O Rio Grande do Sul continua atrás nessas áreas. Muitas empresas, e a Nidera é apenas uma delas, estão se dando conta disso. Investir em armazenagem é um negócio lucrativo ¬ analisa Cogo. As outras três histórias registradas nas páginas que seguem envolvem cooperativas de laticínios. Em 2014, o setor enfrentou um momento de turbulência por conta de um conjunto de fatores, como o desequilíbrio entre produção e consumo. Além disso, denúncias de fraude arranharam a imagem das indústrias, que agora apostam alto na qualificação de seus produtos. Juntas, Santa Clara, Languiru e Cooperativa Central Gaúcha Ltda. (CCGL) contabilizam um aporte de mais de R$ 200 milhões em melhorias, a maior parte com financiamento do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). Os planos incluem a construção de instalações e até a duplicação de uma unidade ¬ a da CCGL, em Cruz Alta (leia texto ao lado). ¬ Muitos investimentos levarão até dois anos para ficar prontos. Serão concluídos quando o Brasil estará vivendo uma fase bem melhor. Assim, poderemos atender à nova demanda interna, além do mercado externo, que é importante para o setor continuar crescendo ¬ diz Alexandre Guerra, presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (Sindilat¬RS) e diretor da Santa Clara. (Zero Hora)
O investimento, segundo o consultor em agronegócio Carlos Cogo, é reflexo do déficit em infraestrutura para estocagem e escoamento da produção. ¬ O Rio Grande do Sul continua atrás nessas áreas. Muitas empresas, e a Nidera é apenas uma delas, estão se dando conta disso. Investir em armazenagem é um negócio lucrativo ¬ analisa Cogo. As outras três histórias registradas nas páginas que seguem envolvem cooperativas de laticínios. Em 2014, o setor enfrentou um momento de turbulência por conta de um conjunto de fatores, como o desequilíbrio entre produção e consumo. Além disso, denúncias de fraude arranharam a imagem das indústrias, que agora apostam alto na qualificação de seus produtos. Juntas, Santa Clara, Languiru e Cooperativa Central Gaúcha Ltda. (CCGL) contabilizam um aporte de mais de R$ 200 milhões em melhorias, a maior parte com financiamento do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). Os planos incluem a construção de instalações e até a duplicação de uma unidade ¬ a da CCGL, em Cruz Alta (leia texto ao lado). ¬ Muitos investimentos levarão até dois anos para ficar prontos. Serão concluídos quando o Brasil estará vivendo uma fase bem melhor. Assim, poderemos atender à nova demanda interna, além do mercado externo, que é importante para o setor continuar crescendo ¬ diz Alexandre Guerra, presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (Sindilat¬RS) e diretor da Santa Clara. (Zero Hora)
Preços Conseleite - Mato Grosso do Sul
A diretoria do Conseleite - Mato Grosso do Sul reunida no dia 10 de julho de 2015 na cidade de Campo Grande, na Famasul, atendendo os dispositivos do seu Estatuto, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de junho de 2015 e a projeção dos valores de referência para leite a ser entregue no mês de julho de 2015. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor.
(*) Os valores de referência da tabela são para a matéria-prima leite “posto propriedade”, o que significa que o frete não deve ser descontado do produtor rural. Nos valores de referência está incluso Funrural de 2,3% a ser descontado do produtor rural
(**) O valor de referência para o “Leite Padrão” corresponde ao valor da matéria-prima com 3,00 a 3,5% de gordura, 2,90% a 3,30% de proteína, 200 a 400 mil c/ml de células somáticas e 150.001 a 300 mil UFC/ml de contagem bacteriana. (Terra Viva)
(**) O valor de referência para o “Leite Padrão” corresponde ao valor da matéria-prima com 3,00 a 3,5% de gordura, 2,90% a 3,30% de proteína, 200 a 400 mil c/ml de células somáticas e 150.001 a 300 mil UFC/ml de contagem bacteriana. (Terra Viva)
UPF trabalha equipamento que trata efluente da industrialização do leite
A industrialização do leite gera efluentes que, se não tratados adequadamente, comprometem os recursos hídricos, já prejudicados por outras formas de intervenção humana. As grandes indústrias, em geral, possuem sistemas de tratamento, mas as pequenas empresas nem sempre têm condições de realizar a destinação mais adequada.
Estudar e propor tecnologias de tratamento de efluentes capazes de serem aplicadas por empresas dessa natureza é o objetivo do professor Dr. Marcelo Hemkemeier, do Programa de Mestrado Profissional em Projetos e Processos de Fabricação da Faculdade de Engenharia e Arquitetura da Universidade de Passo Fundo (Ppgppf/Fear/UPF), que, junto com outros professores e estudantes, estuda uma forma simples de tornar reutilizável a água proveniente de processos de industrialização de leite.
O Projeto Reuso de Efluente Tratado por Eletroflotação Seguida de Processo de Separação por Membranas Aplicados ao Tratamento de Efluentes de Indústrias de Laticínios foi contemplado na faixa B da mais recente chamada pública do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (MCTI/CNPq) e está em andamento. “Optamos pelo tratamento eletrolítico por sua implantação fácil e barata com facilidade de operação, considerando que dispensa o manuseio de produtos químicos”, explica o professor. (Jornal do Comércio)
O Projeto Reuso de Efluente Tratado por Eletroflotação Seguida de Processo de Separação por Membranas Aplicados ao Tratamento de Efluentes de Indústrias de Laticínios foi contemplado na faixa B da mais recente chamada pública do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (MCTI/CNPq) e está em andamento. “Optamos pelo tratamento eletrolítico por sua implantação fácil e barata com facilidade de operação, considerando que dispensa o manuseio de produtos químicos”, explica o professor. (Jornal do Comércio)
Real desvalorizado abre espaço para produtos brasileiros, diz ministro
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, disse hoje (12) que a desvalorização do real frente ao dólar abriu espaço para as exportações brasileiras. “Nós já estamos detectando, firmemente, não apenas no resultado da balança comercial, mas nós estamos medindo isso pela forma que a exportação voltou ao planejamento das empresas. Toda a empresa hoje voltou a colocar a exportação no seu radar”, disse, em entrevista, na abertura do Congresso Brasileiro do Aço.
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, disse hoje (12) que a desvalorização do real frente ao dólar abriu espaço para as exportações brasileiras. “Nós já estamos detectando, firmemente, não apenas no resultado da balança comercial, mas nós estamos medindo isso pela forma que a exportação voltou ao planejamento das empresas. Toda a empresa hoje voltou a colocar a exportação no seu radar”, disse, em entrevista, na abertura do Congresso Brasileiro do Aço.