A produção de leite do Rio Grande do Sul nos últimos dez anos (2004/2014) cresceu quase o dobro da brasileira: 103,39% contra 56,72%. A produção gaúcha evoluiu de 2,36 bilhões de litros para 4,80 bilhões de litros, enquanto a brasileira aumentou de 23,50 bilhões de litros para 36,83 bilhões de litros entre 2004 e 2014. O RS é o segundo maior produtor do país, apenas atrás de Minas Gerais (9,54 bilhões de litros). Os dados são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O consumo per capita de leite no Brasil avançou de 123,9 litros, em 2000, para 178 litros, em 2014, conforme a Embrapa e Agripoint. Desde 2004 o crescimento do consumo é constante, sendo que o maior incremento ocorreu entre 2008 e 2009: de 142,5 litros por ano por pessoa para 154,5 litros. O Brasil está atrás dos vizinhos Uruguai (242 litros) e Argentina (203 litros), bem como dos Estados Unidos (257 litros) e Nova Zelândia (300 litros), por exemplo, em consumo per capita de leite.
O Brasil é o quinto produtor mundial de leite, ficando à sua frente a União Europeia (140 bilhões de litros), Estados Unidos (93.123 bilhões), Índia (60.125 bilhões) e China (37 bilhões), de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O mercado futuro aponta que o Brasil inverterá sua posição no comércio internacional, passando a exportar mais do que importar. Em 2012, o mercado interno foi de 34.468 bilhões de litros e a produção de 32.304 bilhões; já neste ano de 2015, o mercado deve ser de 37.107 bilhões de litros para uma produção superior, de 37.680 bilhões. A projeção para 2020 é de um mercado de 42.415 bilhões de litros para uma produção de 45.843 bilhões. O Sindilat/RS (Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul), que com os dados oficiais acima citados e outros indicadores elaborou um Panorama do Setor Lácteo, arrola como desafios para 2015 trabalhar para o aumento do consumo, dispor da rastreabilidade na captação do leite, aumentar o rigor nos testes da matéria-prima e pleitear a agilização dos processos de análises externos, entre outros pontos. (ComEfeito Comunicação Estratégica)